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2 dezembro 2021 | Por Victor Barboza
Qual escopo escolher para o desenvolvimento do seu software?
Conheça as principais diferenças entre os modelos de escopo em projetos de software e invista o seu dinheiro de forma estratégica.

Se você está pensando em tirar sua ideia do papel e criar um software customizado, certamente precisará definir qual será o escopo do projeto antes de passar o bastão para o time de desenvolvedores. Ou seja, é fundamental ser estratégico na hora de pensar no modelo das regras de operação.
De modo geral, existem dois tipos de escopos no desenvolvimento de softwares: escopo aberto e escopo fechado. Mas o que de fato é um escopo? Será que esta definição é mesmo tão fundamental para a criação de um produto? Qual modelo escolher e quais os diferenciais?
Neste conteúdo, você encontrará respostas para todas essas perguntas. Além disso, queremos te apresentar as reais possibilidades geradas pelo escopo aberto em desenvolvimento de softwares. Boa leitura!
O que é um escopo de software?
O escopo é visto como a “bíblia” do gerenciamento de projetos. Este documento contém a definição de tudo que precisa ser realizado para o desenvolvimento do software, com todas as características e implementações especificadas. Em outras palavras, é o registro daquilo que o desenvolvedor da tecnologia se compromete a entregar para o cliente, com prazos e valores.
A definição das regras de negócio permite que tanto o cliente quanto os responsáveis pelo desenvolvimento do projeto possam visualizar informações como:
- Do que se trata a solução?
- Até onde ele deve chegar?
- Quais são as descrições e funcionalidades?
- Prazo
- Valor
Portanto, antes de desenvolver qualquer tipo de software, é fundamental ter atenção na hora de definir o escopo do projeto, pois é ele que orienta e alinha as equipes envolvidas nos processos.
Agora que você entendeu a necessidade do escopo, é hora de compreender as vantagens de um escopo aberto em relação ao escopo fechado, que impossibilita o cliente de fazer as alterações necessárias.
Escopo fechado e suas características
Para facilitar o seu entendimento, vamos pensar sobre alguns números. Segundo uma pesquisa do Standish Group, um software desenvolvido em escopo fechado possui diversas funcionalidades, que normalmente são utilizadas nas seguintes proporções:
- 7% – funcionalidades que sempre serão utilizadas;
- 13% – frequentemente;
- 16% – às vezes;
- 19% – raramente;
- 45% – nunca serão usadas.
Compreende a relevância disso? Basicamente, estamos falando que um projeto de escopo fechado pode te levar a construir uma solução de forma rígida, com recursos desnecessários definidos antecipadamente. O “x” da questão aqui é que tudo isso possui custo.
Por exemplo, seguindo a linha desses dados, se você construir um software de 100 mil reais, 45 mil será “jogado no lixo”, afinal, você não terá a flexibilidade necessária para alterar o escopo de acordo com as novas percepções acerca do produto enquanto o mesmo é desenvolvido.
Indo direto ao ponto, qualquer mudança no projeto de escopo fechado, também aumentará o custo do desenvolvimento. Problemas como atrasos por parte do cliente, como na entrega de conteúdos, por exemplo, podem comprometer o andamento dos processos.
Escopo aberto e suas diferenças
Para quem ainda não conhece profundamente os modelos de desenvolvimento em um projeto, a flexibilidade do escopo aberto pode parecer arriscada. Entretanto, é essa mesma flexibilidade que pode gerar diversas outras oportunidades para garantir o sucesso do produto.
Em um projeto de escopo aberto, as características e recursos de um software que forem mais prioritárias acabam ganhando destaque de maneira natural. Se no escopo fechado, a equipe de TI segue um cronograma à risca, no escopo aberto o cliente tem a liberdade necessária para repensar atividades e o cronograma quando achar necessário.
Vai que uma nova prioridade apareça dentro do projeto? No seu caso, você também iria querer direcionar o time para determinada necessidade, não é mesmo? Essa “maior liberdade” que o cliente tem em escopos abertos garante que prioridades sejam de fato tratadas como prioridades. Isso, normalmente, também permite que os problemas sejam solucionados de forma ampla e rápida.
No escopo aberto, normalmente o cliente contrata horas de trabalho a partir de uma estimativa. Nesse caso, a empresa contratada presta contas sobre a utilização dessas horas. Isso permite visualizar com transparência em quais etapas e soluções elas foram investidas ao longo de um período.
Vale lembrar que, ao manter um escopo aberto, pode acontecer de você começar pelas prioridades e acabar ficando satisfeito com um produto mais enxuto, que funciona tão bem quanto a ideia inicial. É claro, aproveitando as oportunidades das validações. Nesse caso, o projeto seria concluído com uma quantidade inferior de horas.
Conclusão
Enfim, digamos que você ainda está com dúvidas sobre qual tipo de escopo usar no seu projeto. Para ajudar na sua decisão, fizemos uma breve lista de perguntas a se fazer nesse momento:
- Está ciente que é da natureza de todo software evoluir?
- Você cogita fazer mudanças ao longo dos processos?
- Tem uma ideia de produto, mas a mesma ainda não foi validada?
- Deseja acompanhar a evolução do software de perto e corrigir os erros ao longo do desenvolvimento?
- Quer investir em um projeto que favoreça novas ideias e melhorias?
- Quer uma solução que funcione para o usuário final, mesmo que ela seja diferente da ideia inicial?
Se você respondeu positivamente alguma dessas perguntas, saiba que o escopo aberto é perfeito para o seu cenário.
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