Na era da pós-modernidade, não existem fronteiras e limites para movimentações financeiras. Todo o processo pode ocorrer em ambientes digitais, o que aumenta a agilidade e a facilidade nas transações.

Contudo, a utilização das novas tecnologias para esta finalidade faz com que surjam novos desafios. As fraudes financeiras, cada vez mais frequentes no Brasil, ganharam novos contornos e possíveis soluções tiveram que ser exploradas.

Surge, então, a ideia de utilizar inteligência artificial (IA) para garantir a segurança digital dos usuários. Em constante aperfeiçoamento, essa tecnologia já é uma alternativa eficaz no combate às fraudes. Quer saber como? Venha conosco neste post e entenda de que forma a IA pode ajudar a enfrentar esse problema.

O que é inteligência artificial e como ela funciona?

Inteligência artificial (IA) é uma tecnologia que proporciona à robôs e softwares a capacidade de simular a inteligência humana. A partir de bancos de dados e algoritmos, as máquinas conseguem aprender novas funções e tomar decisões autônomas, indo além de programações específicas. 

A tecnologia tem como base o machine learning, o deep learning e o processamento de linguagem natural. Vejamos agora um pouco sobre cada um deles.

Machine learning

O machine learning, ou aprendizado das máquinas, é um método em que os computadores aprendem a partir de bancos de dados. O foco está em automatizar funções e fazer com que as máquinas possam desempenhá-las com o mínimo de interferência humana.

Deep learning

O deep learning trata do aprendizado por meio de algoritmos complexos. Ele cria parâmetros para que as máquinas desenvolvam padrões de reconhecimento de dados. O objetivo é fazer com que ela seja capaz de realizar tarefas como seres humanos, seja na identificação de voz ou no reconhecimento de imagens, por exemplo.

Processamento de linguagem natural (PLN)

Essa é uma capacidade da inteligência artificial que visa interpretar e entender a linguagem humana. O PLN faz com que as máquinas possam ler textos, se comunicar com seres humanos em todos os idiomas e identificar quais partes são mais importantes. Essa capacidade é baseada no machine learning e em algoritmos regrados.

As bases da inteligência artificial que acabamos de ver têm se desenvolvido ao longo dos anos. A IA surgiu como campo de estudo em 1956, na Conferência Dartmouth, e desde então tem evoluído para ser utilizada em diversas áreas, setores e atividades da sociedade, como por exemplo em operações financeiras.

O aumento das movimentações, das compras e das vendas nos ambientes digitais fizeram com que as fraudes também aumentassem. Como alternativa à esse fato, a inteligência artificial tem sido utilizada como ferramenta para diminuir os riscos e o número de fraudes.

Situação de fraudes no Brasil

No Brasil, as fraudes financeiras geram um prejuízo bilionário. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgada em agosto de 2019, o montante chega a R$ 1,8 bilhão.

O estudo, referente aos 12 meses anteriores à divulgação da pesquisa, aponta que 46% dos internautas brasileiros sofreram algum tipo de golpe financeiro no período. O número equivale a 12,1 milhões de pessoas e, destas, 51% afirmaram ter tido prejuízos no bolso, com uma média de R$ 478.

Entre cartões de crédito clonados, compras de produtos que nunca foram entregues e contratação de serviços fantasmas, estão, como principais fraudes, as transações financeiras sem autorização, ocorridas em 13% dos casos.

Já em situações em que produtos ou serviços são adquiridos no nome do usuário sem a autorização dele, estão empréstimos (24%) e crediários (17%), situações que podem ser evitadas com o apoio da inteligência artificial.

Como a inteligência artificial age no setor

A inteligência artificial parte da análise de dados (movimentações, compras e vendas) para identificar um padrão comportamental dos usuários. Quando há alguma ação que fuja a esse padrão, a máquina busca identificá-la, classificá-la e, se tratada como uma ameaça, desabilitá-la.

Por funcionar baseada em dados, quanto maior for o número de dados analisados, maior será o nível de aperfeiçoamento e sofisticação da inteligência artificial, o que garante mais segurança para os usuários.

Atualmente, poucas empresas utilizam a tecnologia para combater fraudes financeiras. Segundo pesquisa da Associação dos Investigadores de Fraudes Certificados (ACFE), em parceria com a SAS, apenas 13% dos mais de mil membros da associação utilizam IA para tal finalidade.

A tendência é que esse número triplique até 2021 e mais empresas sigam o exemplo da Minsait. A empresa do grupo Indra já adota a IA para garantir a segurança em suas movimentações financeiras. 

A Minsait desenvolveu a Onesait Behavior Fraud, uma ferramenta que atua identificando ações suspeitas, como compras, transferências e vendas de ativos financeiros sem autorização.

O funcionamento do software está relacionado a um algoritmo que reproduz e automatiza os procedimentos de análise utilizados pelos analistas antifraude.

Sistemas baseados em inteligência artificial já são o presente e o futuro. Em poucos anos, a IA estará por todo lado, não é mesmo? Se você quer ficar por dentro de tudo sobre esta tecnologia e outros temas, se inscreva em nossa newsletter e receba nossos conteúdos.

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